quinta-feira, 7 de maio de 2009

VELHO ALMIRANTE


Quem era mesmo esse Almirante? Teu porte altaneiro sobressai entre casas baixas e acanhadas dessa cidadezinha... Com as castanholeiras salpicando seus frutos e folhas no pátio. E ao fundo (a finada) irmã vieira. Um almirante casado a uma freira. Do alto se ver o rio chamando a gente com murmúrios inaudíveis de rio que brinca de quebrar ribanceiras e bole com as pernas das pontes. O velho almirante com memórias de cheiro de merenda escolar – fubá, sopa, mingau, nescau... O tergal das fardas: branco e azul marinho. As pregas das saias das meninas. Que visão nas escadas. Paredes largas... Janelas abertas aos quatro ventos. Quando se fará colégios (grupo escolar, no meu tempo) com janelas de ver além? Parece que os colégios agora são só paredes, paredes cegas. Aquele almirante que nunca aprendeu a profissão do mar fazia a gente viajar... Longe! Eram mares de fantasia fabulosa... Das tabuadas, das cartilhas, dos livros de historinhas. As professoras e professores seguram o leme com firmeza. Velho almirante, ainda te vejo pelas manhãs da minha infância de pobreza (café com farinha, feijão com charque.. Quanto tinha) erguer-se como um general diante do exército de crianças enfileiradas ao hastear da bandeira no mastro do balcão. E o som das vozes maltratando hinos pátrios. “tu nasceste humilde e pequena”... “o Pará quanto orgulho ser filho”... “já podeis da pátria filhos ver contente...” e assim, cantava-se para entrar nesse templo. As crianças cantam menos hoje para estudar. Velho almirante, que meu pai ainda guarda a noite... Com teus fantasmas antigos. Sonhava estudar na sala grande, conquistar a sala grande. Está ali ouvindo o som das aulas. Olhar do balcão como um conquistador. Conquistar o almirante... Teu telhado, chapéu de almirante, barroso ainda suspira ao sim das chuvas de Mocajuba, que embala a gente de uma forma simples igual a uma criança que contempla o céu do alto de suas janelas, despertando em cada um de nós a imaginação de criar vários aviãozinhos, para serem atirados descrevendo retas e curvas, iguais a tantas que nós mesmo fazemos, antes de nós depararmos com o que somos e com o que queremos. Um dia cada um de nós não estaremos mais aqui para contemplar, para te agradecer, porém tu Almirante estarás sempre vivo, exercendo o teu papel, como um grande pai que aconselha, incentiva, repreende, protege e faz despertar para a vida.

Quem era mesmo esse Almirante ? Teu porte altaneiro sobressai entre casas baixas e acanhadas dessa cidadezinha ... Com as castanholeiras salpicando seus frutos e folhas no pátio. E ao fundo (a finada) irmã vieira. Um almirante casado a uma freira. Do alto se ver o rio chamando a gente com murmúrios inaudíveis de rio que brinca de quebrar ribanceiras e bole com as pernas das pontes. O velho almirante com memórias de cheiro de merenda escolar – fubá, sopa, mingau, nescau... O tergal das fardas: branco e azul marinho. As pregas das saias das meninas. Que visão nas escadas. Paredes largas... Janelas abertas aos quatro ventos. Quando se fará colégios (grupo escolar, no meu tempo) com janelas de ver além? Parece que os colégios agora são só paredes, paredes cegas. Aquele almirante que nunca aprendeu a profissão do mar fazia a gente viajar... Longe! Eram mares de fantasia fabulosa... Das tabuadas, das cartilhas, dos livros de historinhas. As professoras e professores seguram o leme com firmeza. Velho almirante, ainda te vejo pelas manhãs da minha infância de pobreza (café com farinha, feijão com charque.. Quando tinha) erguer-se como um general diante do exército de crianças enfileiradas ao hastear da bandeira no mastro do balcão. E o som das vozes maltratando hinos pátrios. “tu nasceste humilde e pequena”... “o Pará quanto orgulho ser filho”... “já podeis da pátria filhos ver contente...” e assim, cantava-se para entrar nesse templo. As crianças cantam menos hoje para estudar. Velho almirante, que meu pai ainda guarda a noite... Com teus fantasmas antigos. Sonhava estudar na sala grande, conquistar a sala grande. Está ali ouvindo o som das aulas. Olhar do balcão como um conquistador. Conquistar o almirante... Teu telhado, chapéu de almirante, barroso ainda suspira ao sim das chuvas de Mocajuba. E farei um avião de papel outra vez pra atirar do alto da janela na cabeça dos que passam.



Agradecimento a Edir Augusto



quarta-feira, 6 de maio de 2009

FOTO ALMIRANTE








HISTORICO

A Escola municipal de Ensino Fundamental “Almirante Barroso”, localizada na Travessa Lauro Sodré nº 58 – Centro, Município de Mocajuba, Estado do Pará.
Por está localizada no centro da cidade, possui um terreno próprio do tipo arenoso, sendo que o seu clima é quente e úmido, bastante ventilada devido muitos pés de acácia, castanheira e açaizeiros plantados em suas adjacências.
Foi inaugurada no ano de 1949, de início o prédio foi construído para o ensino profissionalizante, porém devido ao problema surgido na época como mãos-de-obra e recursos a mesma ficou ociosa devido ao problema surgido na época como mãos-de-obra e recursos a mesma ficou ociosa por alguns anos. Em 1956, começou funcionar como Grupo Escolar de Mocajuba. Já em 1957 no mandato do então Prefeito Manoel de Souza Furtado, passou a ser chamado Grupo Escolar Almirante Barroso, nome esse dado pela Assembléia Legislativa do Estado, em homenagem ao grande historiado Almirante Barroso que se destacou com muita bravura na guerra do Paraguai. Em 1987 com a Lei nº 5.692 passou a funcionar como Escola de 1º Grau Almirante Barroso, na época dirigida pela irmã de caridade Maria Esther Monteiro de Azevedo. No dia 16 de março de 1989 foi implantado o sistema modular de Ensino de 2º grau passando denominação de Escola de 1º e 2º grau Almirante Barroso, no Governo do então Prefeito Sr. Rodolfo Bacha. Em 1989 foi desmembrado o 2º grau passando a funcionar na Escola Isaura Baia. Sendo que desta data em diante passou a ser chamada de Escola de 1º grau Almirante Barroso. Em 1998 com o processo de municipalização passou a ser chamada de Escola de 1º grau Almirante Barroso. Em 1998 com o processo de municipalização passou-se a chamar Escola Municipal de Ensino Fundamental Almirante Barroso, cuja proposta é a valorização do Ensino Fundamental procurando diminuir o número de reprovação e evasão.